A Áustria é o mais recente país a anunciar a decisão de expulsar diplomatas russos do seu território. A informação foi tornada pública pelo porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco Alexander Schallenberg, que indicou que três diplomatas que trabalham na embaixada da Rússia e um que desempenha funções em Salzburgo deverão abandonar o país até à próxima terça-feira.

“As (quatro) pessoas agiram de forma inconsistente com o seu estatuto diplomático”, justificou a mesma fonte numa nota emitida a propósito da decisão, sem adiantar mais detalhes.

A “Reuters”, citada pelo Jornal Económico, salienta que a referida expressão é, por norma, utilizada em alusão à espionagem.

A par da Áustria, a Suécia, Dinamarca, Grécia e Roménia também anunciaram esta semana a expulsão de diplomatas russos por causa da guerra na Ucrânia.

Ontem, quarta-feira, o Governo português anunciou a decisão de expulsar dez funcionários da embaixada russa em Portugal.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros informa que o Governo português notificou, esta tarde, o Embaixador da Federação Russa da sua decisão de declarar persona non grata dez funcionários dessa missão diplomática, cujas atividades são contrárias à segurança nacional”, segundo um comunicado do Palácio das Necessidades.

Mais de 230 diplomatas de Moscovo foram expulsos dos países onde desempenhavam funções desde o dia 24 de Fevereiro, aquando da invasão russa da Ucrânia.

A onda de expulsões tem-se intensificado depois de várias fotografias de corpos civis espalhados pelas ruas da cidade ucraniana de Bucha terem sido reveladas publicamente.