O Tribunal Judicial do Distrito de Guijá, na província de Gaza, ordenou o despejo, em 24 horas, de um investidor moçambicano com mais de mil animais, entre gado bovino, ovino e caprino.
O criador e os proprietários de uma área de 4.200 hectares de pasto disputam a terra, no povoado de Manzene, localidade de Mpelane, em Guijá.
O criador, identificado por Pinto Balane, procurou uma área para pastagem em 2013, e o mesmo alega que arrendou aquela extensão de terra por um período de 10 anos. Pagou 300.000 meticais à família proprietária do espaço.
À Televisão de Moçambique, revelou que no decurso dos anos houve a promessa para a compra do espaço por cerca de 1.300.000 de meticais. Neste sentido, investiu cerca e cinco milhões de meticais para a edificação de infraestruturas no interior da área arrendada.
O filho e representante dos proprietários do espaço, Dércio Nhabanga, explicou que Balane não assinou o contrato com a legítima proprietária do espaco uma vez que, por conta da idade avançada, já não estava em condições de o fazer. Assim, assinou o contrato com a família Massango. O mesmo alega que são falsas as declarações de ter havido uma promessa de venda do espaço.
Os proprietários submeteram a queixa ao Tribunal Judicial do Distrito de Guijá que declarou Balane culpado e ordenado a abandonar o espaço no dia 10 de Setembro.
“Eu não me recuso a sair do espaço deles. Eu peço-lhes tempo. O problema é que o tribunal diz para eu sair em um dia”, lamentou Balane.
Entretanto, o representante da família Massango disse que já tinha sido emitida uma carta de não renovação do contrato com seis meses de antecedência antes do término do contrato que estava em vigor.
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