Condomínios dificultam a realização de censo populacional

Condomínios dificultam a realização de censo populacional

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) diz estar a lidar com dificuldades para aceder ao interior de condomínios e apurar o número de agregados familiares e respectivos dados.

A instituição diz que tal se deve às políticas de segurança restritivas impostas nos condomínios. Na perspectiva do INE era de esperar que tais dificuldades não se verificassem, partindo do princípio de serem zonas ou residências habitadas por pessoas com algum nível de instrução ou literacia.

“Enfrentamos dificuldades até em áreas nobres, onde pensamos que poderíamos encontrar maior compreensão por parte dos fornecedores de informação porque são pessoas com certo nível de escolaridade e compreensão, mas nem sempre. Também percebemos que não podemos desistir por um dificuldade”, disse o Director Nacional de Sensos e Inquéritos, Alexandre Marrupi, citado pela STV.

A postura dos condomínios limitou a colecta de dados do Inquérito Demográfico de Saúde 2022/23. O INE já antevê dificuldades no próximo censo populacional de 2027.

Apesar disso, o INE propõe que os sindicatos dos condóminos indiquem, por consenso, condóminos para serem formados pelo INE e realizar o censo.

“Estamos a pensar em fazer um memorando com os chefes do condomínios para, por exemplo, indicarem os condóminos idóneos, de sua confiança, para que sejam preparados pelo Instituto Nacional de Estatísticas para poderem fazer a recolha de dados dentro dos seus condomínios”, avançou.

O Inquérito Demográfico de Saúde 2022/23 será lançado nas próximas duas semanas. A última publicação foi em 2018.

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