O Governo norte-americano poderá suspender a ajuda de 500 milhões de dólares da agência de desenvolvimento Millennium Challenge Account (MCC). De acordo com África Monitor Intelligence, essa medida se deve aos actuais conflitos eleitorais.
A medida será efectivada “na eventualidade de o governo [moçambicano] não esclarecer e corrigir as múltiplas irregularidades eleitorais resultantes das autárquicas de 11 de Outubro”, lê-se no portal.
Recorde-se que, Moçambique assinou o acordo de Conectividade e Resiliência Costeira com o MCC, em 21 de Setembro deste ano, em Washignton, Estados Unidos da América. O protocolo foi firmado entre o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, e a presidente do MCC, Alice Albright. O Presidente da República de Moçambique testemunhou o acto.
Da verba a ser disponibilizada, a maior parte será direccionado para a província da Zambézia. A capital, autarquia de Quelimane, está sob gestão do partido Renamo, e tem como presidente Manuel de Araújo.
A província da Zambézia foi uma da mais devastadas com o ciclone Freddy, no início deste ano.
Segundo a Comissão Nacional de Eleições disse que o partido Frelimo venceu as autárquicas de 11 de Outubro na autarquia. A Renamo não reconhece os resultados e acusa os órgãos eleitorais e a Frelimo de fraude. Zambézia é conhecido como um dos terrenos mais hostis à Frelimo.
As acusações de fraudes eleitoral ocorrem em várias autarquias. Das 65 existentes no país, a Frelimo venceu em 64. O MDM venceu na cidade da Beira, e ainda assim, acusa a Frelimo de fraude nos números de votos. A Renamo, o segundo maior partido do país não venceu em nenhuma autarquia. O partido reclama vitória em nove autarquias, incluindo a capital do país, Maputo, e cidade da Matola.
Os Estados Unidos da América emitiram, recentemente, um comunicado onde assume a infestação de irregularidades no apuramento dos resultados da eleições autárquicas. O mesmo fê-lo a União Europeia, bem como o Alto Comissariado britânico em Moçambique.
Membros seniores do partido Frelimo já questionaram a veracidade dos resultados, incluindo o antigo presidente da CNE, Brazão Mazula e Samora Machel Júnior (Samito), filho do primeiro presidente de Moçambique independente.
Deixe uma resposta