O comércio externo moçambicano cresceu no segundo trimestre deste ano quando comparado com o mesmo período de 2020, segundo a mais recente síntese de conjuntura económica publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As exportações aumentaram cerca de 41% e as importações cresceram perto de 52%, lê-se no documento, mostrando uma nova dinâmica após o impacto da pandemia de covid-19.
“O volume das exportações rondou 1 017 milhões de dólares, enquanto as importações se situaram em 2 130 milhões de dólares, resultando num défice na balança comercial de bens fixado em cerca de 1 113 milhões de dólares”, mostra o INE.
As contas oficiais mostram uma tendência de agravamento do défice desde o terceiro trimestre de 2020.
Dos principais produtos exportados durante o trimestre “o destaque vai para alumínio (18%), carvão mineral em coque (14%), energia eléctrica (11%), carvão mineral em hulha (8%), areias pesadas (6%) e gás natural (6%)”.
A vizinha África do Sul mantém-se como principal destino das exportações moçambicanas (elevtricidade e gás), com um volume de 230 milhões de dólares no trimestre (representando 22% das exportações).
Seguem-se a Índia (124 milhões de dólares) e a China (114 milhões de dólares), consumidores de carvão e derivados.
Do lado das importações, a África do Sul também lidera com um volume de 573 milhões de dólares no período (uma fatia de 27% do total), despendido sobretudo em energia eléctrica e alguma maquinaria (bombas para líquidos).
A China vendeu 203 milhões de dólares de produtos a Moçambique, com a lista encabeçada por barcos-faróis, dragas e guindastes, enquanto a Índia facturou 141 milhões de dólares, principalmente em arroz, óleos de petróleo e medicamentos.
Agência Lusa