Comercialização de castanha em Inhambane está longe de alcançar a meta

A província de Inhambane produziu e comercializou este ano mais de 10 mil toneladas de castanha de caju, das pouco mais de 19 mil planificadas para a campanha 2021/2022.

Esta quantidade representa uma redução de quatro mil toneladas em comparação a igual período da campanha 2020/2021, na qual foram produzidas e comercializadas mais de 14 mil toneladas.

A delegação do Instituto de Amêndoas em Inhambane deu a conhecer, na décima sessão ordinária do Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado (CSPRE) de Inhambane, que em resultado desta redução os níveis de receita esperada também caíram, situando-se em 470 milhões de meticais, contra a expectativa de pouco mais de 830 milhões de meticais.

Segundo a porta-voz do órgão, Elvira Chirindza, citada pelo jornal Notícias, a castanha foi comercializada a um preço médio de 45 meticais o quilograma. Apontou como razões da baixa produtividade a escassez de chuva no período da floração e excesso no de maturação.

A Covid-19 também contribuiu para a baixa produção desta cultura, sobretudo dadas as dificuldades de importação dos produtos químicos para o tratamento dos cajueiros. Segundo a porta-voz, a maior parte da castanha vendida foi para o mercado informal, cerca de 79 por cento, 12 por cento para a indústria e cinco por cento para a exportação.

A previsão das exportações poderá atingir 600 toneladas, toda ela destinada ao Vietname. O processamento interno na província é garantido por quatro pequenas unidades nos distritos da Maxixe, Panda, Homoíne e Funhalouro.

Além de processar, as fabriquetas acrescentam valor à castanha, com aditivos como sal, piripiri e gergelim.

Chirindza deu a conhecer que, para a campanha 2022/2023, o CSPRE perspectiva produção e comercialização de mais de 21 mil toneladas de castanha, o que representará um crescimento de 8,2 por cento. Para o alcance destes rendimentos, a província vai sensibilizar os produtores para aderirem cada vez mais às boas práticas de maneio integrado do caju.

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