O Presidente das Associações Económica de Moçambique – CTA, Agostinho Vuma, sugeriu, na quinta-feira (22), em Maputo, estratégias de combate aos raptos e sequestros, incluindo a revisão do estatuto orgânico do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), criação de uma força específica e aposta no uso de Inteligência Artificial (IA).
De acordo com o representante dos empresários moçambicanos, os raptos continuam a condicionar a actividade empresarial, sendo por isso que o sector está a delinear propostas de estratégias para reformas no quadro legal.
A CTA propõe que o SERNIC se desvincule do poder executivo e seja tutelado pelo poder judicial, até para garantir maior transparência nas investigações; o agravamento de penas e eliminação da caução para o tipo legal de crime; e a criação de uma Comissão Consultiva de Segurança para, entre outros, acompanhar as investigações de raptos.
No concernente ao reforço da segurança, a CTA reitera a necessidade de se operacionalizar a Unidade Anti-Raptos, bem como a adopção de meios tecnológicos como vídeo-vigilância – existentes na cidade de Maputo.
As sugestões foram expressas por Vuma no decurso da abertura da 14ª edição de apresentação do relatório do Índice de Robustez Empresarial em Moçambique.
“Em termos de tratamento dos crimes urbanos, há países que podem servir de modelo para Moçambique. Há países com centros de operações que dispõem de soluções de segurança tecnológica que, combinadas, com a polícia de reacção, conseguem controlar a prática de crimes violentos, garantindo reacção em tempo real. Nessa lista temos a Argentina, o Chile, Portugal, Itália e China”, lê-se, em um documento paralelo da CTA ao qual tivemos acesso.
No documento, o empresariado refere que tem cooperado com o SERNIC e a comunidade das vítimas dos raptos para a reedificação da confiança mútua. Esta sinergia inclui a recolha de imagens dos raptos por parte da CTA para fornecer ao SERNIC, e facilitação de recolha de informações junto das famílias das vítimas.
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