O candidato independente à Presidência da República, Venâncio Mondlane, criticou, no domingo, no distrito de Gúruè, a gestão do Presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, por deixar os trabalhadores do conselho autárquico sem salários durante longos meses.
Para Venâncio Mondlane, Manuel de Araújo deveria demonstrar a dignidade de pagar os ordenados dos trabalhadores de modo que se lhe atribuíssem votos de confiança uma vez que concorre para cargo de Governador da província da Zambézia.
“Há um meu amigo que quer ser Governador. O problema é que no municipiozinho dele não consegue pagar salários, coitado. Como é que vai ser? Até gosto dele. É meu amigo. Mas primeiro tem de resolver problemas de salários”, disse ao eleitorado.
Em resposta ao candidato suportado pelo partido Podemos, Manuel de Araújo chamou Venâncio Mondlane de “puto”, vincando que deveria pautar pela humildade e que no seu perfil falta requisito para ser Presidente da República.
O autarca de Quelimane recordou que, apesar de Venâncio Mondlane reclamar vitória em duas eleições em que concorreu para a Presidência do Município de Maputo, nunca governou. A primeira vez que Mondlane concorreu como cabeça de lista foi em 2013, pelo partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda em 2018 e a terceira em 2023, ambas pela Renamo.
“Ele diz que já ganhou as eleições em Maputo por duas vezes, mas já governou? Ele diz que foi roubado [votos] duas vezes. Não conseguiu governar Maputo. Acham vocês que ele vai governar Moçambique? Então, digam a ele para ser humildes. Nós estamos a dirigir há 13 anos. É ou não é?”, questionou a eleitorado.
Neste sentido, convida o Venâncio Mondlane para adquirir experiência de governação, a começar por Quelimane.
“Então, estamos a chamar aquele puto, chamado Venâncio, para vir aqui para aprender como é que se ganha e se governa. Não estamos só a ensinar Moçambique e África, mas sim ao mundo todo como é que se Governa”, disse, avançando que em Novembro vai representar Quelimane no Fórum Mundial de Urbanização, em Cairo, no Egipto. “Agora, perguntem aquele puto se ele estará em Cairo. Perguntem-no se foi convidado para Adis Abeba. Perguntem-no se quando foi à Suécia não foi para rezar”.
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