A Comissão Nacional de Eleições (CNE) está com dificuldades de ordem financeira para a realização, com sucesso, das eleições autárquicas, legislativas e presidenciais e das assembleias provinciais, agendadas para 2023 e 2024, respectivamente.

Em termos de números, segundo o presidente da CNE, Dom Carlos Matsinhe, são necessários 9,7 mil milhões de meticais para as eleições autárquicas dos quais 3,2 mil milhões são destinados às actividades programadas para este ano e os restantes para 2023, última fase do processo.

Do valor total, a CNE através do governo só conseguiu disponibilizar, até ao momento, mil milhões de meticais, havendo défice de 2,2 mil milhões.

Matsinhe, que falava ontem em Maputo, durante um evento sobre o estágio de preparação das eleições e o contributo da ONU no apoio aos processos, informou que o Governo solicitou em 2020 às Nações Unidas para mais uma vez se envolver juntamente com outros parceiros no sentido de apoiar o ciclo eleitoral que já iniciou.

“Gostaríamos de apelar através de vós aos governos e países que representais neste encontro ou outras instituições internacionais o apoio ao processo eleitoral de 2023 e 2024”, disse no encontro.

Além dos representantes dos órgãos eleitorais, o encontro contou com a participação da presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, representante- -residente do PNUD, Narjess Saidane, coordenador-residente da ONU em Moçambique, Myrta Kaulard, corpo diplomático acreditado e outros convidados.