Um grupo de cem pessoas marchou, na sexta-feira, na cidade da Beira (Sofala), em protesto contra-raptos de empresários e seus familiares. A marcha de repúdio contra esse tipo de crime ocorreu dois dias após o sequestro de uma jovem estudante de 19 anos, em plena luz do dia, naquela cidade.
O tipo de marcha é muita vezes reprimida pelas autoridades moçambicanas, mas esta teve escolta policial.
“Cada um de nós vive aterrorizado, apavorado e desassossegado, temendo pela nossa vez. Na comunidade estudantil, questionamos quem é o próximo, não quem é o culpado”, referiu Sayfallah Karim, representante dos estudantes na marcha que juntou também professores e empresários.
Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início do mês, a Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.
As cidades onde mais se verificam estes crimes são a capital Maputo e a Beira.
Deixe uma resposta