A Electricidade de Moçambique (EDM) acumulou, no ano passado, mais de 23,8 milhões de dólares em prejuízos causados pelos ciclones que afectaram o país.
Segundo os dados da contabilização final feita pela EDM, os danos avultados em 2022, foram traduzidos na queda de postes de energia de média e baixa tensão, provocando a indisponibilidade de energia no sistema que afectou cerca de 300.000 clientes.
“Somando os prejuízos nas infra-estruturas à redução de cobranças, a EDM contabilizou um prejuízo directamente associado aos impactos dos ciclones em 2022 de 23.852.265 dólares”, sublinha a empresa.
Os efeitos, primeiro, da tempestade Ana, que atingiram as províncias de Nampula, Zambézia, Tete, Niassa, Sofala e Manica em Janeiro do ano passado, afectando cerca de 120.000 pessoas e provocando 10.814 deslocados. A tempestade, além dos efeitos na rede eléctrica, destruiu 23.400 casas, oito pontes, 13 unidades sanitárias e 543 salas de aula de 249 escolas.
Depois seguiu-se em Março o ciclone tropical Gombe, que atingiu as províncias de Nampula, Zambézia e Sofala, com rajadas de vento que chegaram a 230 quilómetros por hora, afetando 736.015 pessoas e provocando 7.086 deslocados, além de 78.635 casas, oito pontes destruídas, entre outros graves impactos.
Dados da EDM indicam que, no final do ano passado, a empresa, operava uma rede de distribuição em média tensão de 22.992 quilómetros e uma rede de transporte de 6.355 quilómetros com 15.906 torres.
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