Moçambique perdeu sete porcento do seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, devido ao impacto económico do ciclone tropical Idai, segundo a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA).
Falando hoje sobre o impacto das mudanças climáticas na economia, o Chefe Representante Adjunto da JICA Mozambique, Chiaki Kobayashi, disse que isso demonstra a vulnerabilidade do país a prejuízos financeiros causados por desastres naturais.
O responsável, que recordou o terremoto de Fukushima (Japão) em 2011, disse que a experiência daquele país asiático em processos de reconstrução de infraestruturas poderá ser uma mais-valia para Moçambique.
“Dado que os danos climáticos tendem a ser mais severos e recorrentes, precisamos de pensar em formas de proteger as pessoas e a economia” disse, alertando que uma das formas passa por realizar investimentos contínuos na prevenção desses fenómenos.
A JICA estima que sejam necessários três mil milhões de dólares para Moçambique recuperar as infraestruturas económicas e socias nas zonas do centro e norte assoladas pelas intempéries.
O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em Março de 2019, causando mais de 600 mortos. Em Abril do mesmo ano, o ciclone Kenneth matou 45 pessoas no norte do país.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: um total de 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos dois ciclones.
Moçambique é considerado um dos países mais afectados pelas mudanças climáticas no mundo.
Deixe uma resposta