A China condenou, esta segunda-feira, um cidadão dos Estados Unidos, de 78 anos, à prisão perpétua, por acusações de espionagem, num período de renovadas tensões entre Pequim e Washington.
O tribunal intermédio da cidade anunciou hoje a sentença de Leung, num breve comunicado, mas não deu detalhes sobre as acusações. O tribunal ordenou ainda o arresto dos bens pessoais de Leung, no valor de 500.000 yuan (4,545,000 meticais).
O Tribunal Popular Intermédio de Suzhou emitiu um comunicado em que afirma que Leung foi “considerado culpado de espionagem, condenado a prisão perpétua e privado de direitos políticos para o resto da vida”.
O caso suscitou preocupações sobre o sistema jurídico chinês e o tratamento dado aos cidadãos estrangeiros. A família de Leung declarou que ele é inocente e que as acusações contra ele têm motivações políticas.
Os julgamentos de casos envolvendo a segurança nacional são realizados à porta fechada e pouca ou nenhuma informação é tornada pública.
As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se rapidamente nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, assim como diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China.
A sentença ocorre numa altura em que o presidente dos EUA, Joe Biden, viaja para Hiroshima, no Japão, para participar na cimeira do G7, após ter realizado uma visita a Papua Nova Guiné. A China tem procurado aumentar a sua influência militar, diplomática e económica naquela nação insular do Pacífico.
O tribunal de Suzhou não indicou qualquer relação entre o veredicto e as tensões entre China e EUA e as provas que apoiam acusações de espionagem não são divulgadas. Esta é uma prática padrão entre a maioria dos países, que desejam proteger as suas redes e acesso à informação.
A China alterou a sua Lei de Contraespionagem em abril, para incluir o crime de “colaboração com agências de espionagem e os seus agentes”. (RTP/BNN Network)
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