A Associação das Câmaras de Comércio Europeias (EUROCAM) defende a manutenção do diálogo permanente entre o Governo e o sector privado, e aplicação de reformas “corajosas” para Moçambique atrair mais Investimento Directo Estrangeiro.
A EUROCAM aponta igualmente a necessidade de o Governo investir mais nas Pequenas e Médias Empresas (PME).
Segundo o presidente da agremiação, Simone Santi, investir neste sector é aumentar o Produto Interno Bruto (PIB), o que irá atrair mais investimentos externos e impulsionar o desenvolvimento sócio-económico do país.
A fonte vê no recente anúncio da retoma do apoio directo ao Orçamento do Estado moçambicano pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, bem como nos grandes investimentos no sector energético e de hidro-carbonetos, como um sinal claro de que com a atracção de investimento directo estrangeiro, Moçambique abre uma janela para o crescimento económico mais consistente.
“O progresso na implantação dos projectos de gás natural do Rovuma em Cabo Delgado é um dado positivo. É indiscutível que Moçambique necessite de um sector empresarial mais dinâmico, o que implica fazer reformas corajosas e massificar o investimento directo estrangeiro”, disse Santi.
Numa altura em que a Europa caminha para a transição energética, Moçambique tem, segundo a fonte, enormes recursos e pouco explorados tais como a biomassa, potencial hídrico, geotérmico, oceânico, massa florestal e agrícola, o que pode ser um elemento-chave para a referida mudança.
A fonte indicou que o gás de Moçambique é reconhecido pela UE como um dos factores da transição energética. Em relação aos hidrocarbonetos, a fonte disse que apesar de a Rússia ser o maior fornecedor de gás à Europa, em breve haverá necessidade de o velho continente buscar outras parcerias devido ao conflito militar com a Ucrânia.
O conflito entre os dois países, de acordo com a fonte, abre uma oportunidade para a Europa passar a comprar gás produzido em Moçambique. “Esta é uma grande oportunidade para Moçambique. A primeira exploração de gás do país será este ano e a Europa será um dos beneficiários”, anotou.
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