O maior partido da oposição, Renamo, diz que o Governo tem feito muito pouco para travar as acções dos terroristas, referindo que os militares estão com falta de meios para se defender das investidas dos insurgentes.
Segundo o porta-voz da Renamo, José Manteigas, seis anos depois do início da insurgência no norte, falta ainda uma “acção conducente à eliminação” do terrorismo, defendendo mais “vigor” no apetrechamento do Exército moçambicano.
Numa publicação da DW, José Manteigas salientou que o seu partido está preocupado com a situação em Cabo Delgado, acrescentando que em Chiúre, segundo informações avançadas pelo presidente do Conselho Autárquico, as incursões já estavam a 15 quilómetros da vila.
“Portanto, estamos preocupados, não só com a situação em Chiúre, mas também em muitos distritos da província de Cabo Delgado que estão a ressentir-se deste fenómeno do terrorismo. Olhamos para esta situação com muita apreensão e, sobretudo, com bastante insatisfação, porque as nossas populações continuam a ser vítimas desta violência”, lamentou a fonte.
De acordo com o porta-voz da Renamo, desde que eclodiu este conflito nunca se viu uma acção conducente à eliminação desses focos de violência apesar de o Presidente da República já ter dito que havia nomes de líderes conhecidos.
“Sabemos que, de facto, as nossas Forças de Defesa e Segurança enfrentam grandes problemas logísticos. De certo modo, isso enfraquece as nossas forças e não há uma acção vigorosa da parte do Governo para as apetrechar, nem para encontrar estratégias conducentes à eliminação deste terrorismo”, realçou Manteigas.
O número de deslocados devido ao conflito armado em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, subiu em Dezembro para 670 mil pessoas, anunciaram as Nações Unidas na recente actualização de dados das agências humanitárias.
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