Os primeiros dois cidadãos nacionais condenados pelo Tribunal Judicial Provincial de Cabo Delgado a 28 e 30 anos por crimes de financiamento ao terrorismo usavam contas bancárias portuguesas para branquear capitais.
A constatação é da Polícia Judiciária portuguesa que já está a investigar o caso.
Segundo uma publicação do jornal português “Expresso”, a Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária portuguesa investigou a passagem de dois jiadistas de Cabo Delgado por Portugal. “Os dois suspeitos usaram contas em bancos portugueses para branquear capitais que serviram para o financiamento das actividades terroristas no norte de Moçambique”, lê-se na mesma publicação.
Recorde-se que, na semana passada, a porta-voz da III Reunião da Procuradoria Provincial da República e o Serviço Nacional de Investigação Criminal sobre branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, Cármen Massicame, disse que a condenação destes cidadãos revela o primeiro processo a nível nacional transitado em julgado.
“Os dois arguidos do processo foram condenados no dia 04 de Setembro de 2024”, sublinhou a porta-voz.
Cármen Massicame, revelou igualmente que entre Janeiro e Agosto deste ano foram registados 21 processos relativos ao terrorismo, com um total de 4 arguidos. Destes processos já foram julgados 13, envolvendo 19 arguidos, dos quais 15 foram condenados a penas que variam entre oito e 30 anos de prisão, e 37 arguidos estão em prisão preventiva.
(Foto DR)
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