O Presidente da República, Filipe Nyusi, revelou, ontem, na cidade de Maputo, pela primeira vez, que a sua administração constituiu entidades qualificadas para dialogar com líderes terroristas em Cabo Delgado.
O também Comandante em Chefe das FADM reconheceu que o país está sob ataques terroristas, porém notou que a liderança ainda se mantém obscura.
“Continuamos a dizer que estamos perante o combate contra o terrorismo que, em Moçambique, procura esconder a sua cara real e não deixa clara as suas intenções. Contudo, não faltaram etapas tangíveis, envolvendo cadeias fiáveis e idóneas para o efeito. No entanto, dispensamos os detalhes e a descrição precipitada sobre o produto sensível, longe e difícil de se concretizar”, disse.
O Chefe de Estado falava por ocasião da celebração dos 60 anos da fundação da Forças Armadas e Defesa de Moçambique (FADM) e desencadeamento da Luta de Libertação Nacional.
Na ocasião, revelou nomes de alguns indivíduos no topo da hierarquia dos grupos terroristas que actuam em alguns distritos de Cabo Delgado. Entre os tais, consta o cidadão tanzaniano Abu Zainabo “Langa”, supostamente, um líder espiritual. Este é coadjuvado por Faride Suleimane Harrune. Os comandantes operacionais e ideólogos dos grupos são os cidadãos Abú Munir Ahmade “quadrado”, Seleimane Nguvo M’toto, Mahamude Ibrahimo Dade, Rafael Mazucu.
“Alguns destes nomes podem ser pseudónimos de guerra. Temos o controle, e sabemos que os terroristas se encontram confinados, em algumas áreas dos postos administrativos de Mucojo e Quiterajo, no distrito de Macomia, de onde realizam ataques esporádicos”, referiu
Segundo o Presidente da República, entre a noite de 24 de Setembro e o momento em que discursava, as Forças de Defesa e Segurança estavam sob fogo cruzado contra os terroristas em Mucojo.
“Os jovens estão a fazer esforços para reocupar na totalidade Mucojo. Estão lá agora. Esperemos que os bons momentos se repitam dentro de algumas horas”, disse.
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