O Presidente das Rússia, Vladimir Putin, cancelou a sua viagem à África do sul para participar da cimeira dos BRICS, em finais de Agosto, a fim de evitar a prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
De acordo com a Reuters, a informação foi revelada pela presidência sul-africana que diz tratar-se de uma decisão tomada em “acordo mútuo”.
Neste caso, a Rússia será representada pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, na cimeira de Joanesburgo.
A África do Sul enfrentou um dilema ao acolher a cimeira porque, enquanto membro do Tribunal Penal Internacional (TPI), seria teoricamente obrigada a prender Putin por alegados crimes de guerra se este estivesse presente.
O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa pediu autorização ao TPI para não prender Putin, uma vez que tal equivaleria a uma declaração de guerra.
O Kremlin afirmou hoje que a Rússia não disse à África do Sul que a detenção de Putin com base num mandado de captura do TPI significaria “guerra”. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos jornalistas, no entanto, que toda a gente compreendeu – sem que lhes tenha sido explicado – o que significaria uma tentativa de infringir os direitos de Putin.
A África do Sul afirma ser neutra no conflito na Ucrânia, mas tem sido criticada pelas potências ocidentais por ser amiga da Rússia, historicamente um forte aliado do Congresso Nacional Africano no poder.
Em Março, o TPI emitiu um mandado de captura contra Putin, acusando-o do crime de guerra de deportar ilegalmente crianças da Ucrânia. Moscovo afirmou que o mandado é juridicamente nulo, uma vez que a Rússia não é membro do TPI.
A Rússia não escondeu o programa que levou milhares de crianças ucranianas para a Rússia, mas apresenta-o como uma campanha humanitária para proteger os órfãos e as crianças abandonadas na zona de guerra.
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