A BP anunciou, este domingo (27), que tenciona deixar a sua participação de 19,75% na gigante petrolífera russa Rosneft. Esta medida segue como consequência da invasão russa à Ucrânia.
Ao se confirmar, a petrolífera britânica vai colocar um termo repentino a 30 anos de operação no país rico em petróleo, a Rússia.
A britânica BP não avançou como vai dar seguimento a desassociação da participação com encargos de até 25 mil milhões de dólares no final do primeiro trimestre.
A russa Rosneft responde por cerca de metade das reservas de petróleo e gás da BP e um terço de sua produção.
“A situação que se desenrola na Ucrânia nos levou a repensar a posição da BP com a Rosneft”, disse o presidente-executivo da BP, Bernard Looney.
A decisão representa o passo mais ousado de uma empresa petrolífera ocidental com exposição à Rússia em meio a uma crise crescente entre o Ocidente e Moscou.
A BP disse que a notícia não vai impactar as metas financeiras de curto e longo prazo que incluem estratégia de abandonar o uso de combustíveis fósseis como o petróleo e gás em detrimento dos combustíveis de baixa emissão de carbono e energia renovável.
Por conta da participação, a BP recebeu receita da Rosneft na forma de dividendos que totalizaram cerca de 640 milhões de dólares em 2021, cerca de 3% do fluxo de caixa das operações da BP.