A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) aponta a gestão das áreas de conservação e a coabitação do homem como sendo os maiores desafios que as áreas de conservação nacionais enfrentam.
Segundo a coordenadora do programa de contrabalanços de biodiversidade da BIOFUND, Denise Nicolau, que falava durante a conferência de Biodiversidade Marinha que decorre, em Maputo, até hoje, 2 de Agosto, os desafios de conservação em Moçambique são vários.
“Se fossemos a agregar os diferentes desafios, olhamos para os antropogénicos associados às pessoas e a extinção de recursos” disse Denise Nicolau, citada pela AIM.
A coordenadora acrescentou que “as áreas de conservação são locais de alto valor ecológico, mas há muitas pessoas a viverem dentro desses espaços Então, acho que o grande desafio, de facto, é esta coabitação”.
Para a fonte, o quadro legal do país favorece mecanismos distintos de gestão dos recursos naturais de que é detentor, sobretudo os recursos costeiros e marinhos. Porém, apontou a pressão sobre os mesmos, inclusive “desafios associados aos eventos climáticos extremos”.
“Como Biofund, estamos a mobilizar financiamento para apoiar a rede nacional das áreas de conservação, incluindo as áreas pesqueiras e marinhas. Apoiamos mais de 60% das áreas de conservação em Moçambique e, com a educação ambiental, já alcançamos mais de 30 mil pessoas directamente, através dos nossos debates, educação ambiental, formação e outros”, anotou.
O director do Programa Marinho da Wildlife Conservation Society em Moçambique (WCS), Hugo Costa, corrobora com a Biofund e aponta que os maiores desafios com que as áreas de conservação nacionais lidam têm a ver com a gestão dos seus próprios espaços, sobretudo as áreas de conservação marinha que, por serem marinhos, “exigem meios mais complicados, pessoal devidamente capacitado para o meio marinho e de meios que têm custos elevados”.
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