O ex-Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, disse, na manhã de hoje, em Maputo, que deixa a polícia com sentimento de tristeza devido aos retrocessos.
“Deixo a polícia com 17 famílias que perderam seus ente-queridos devido às manifestações, deixo com 77 comandos distritais completamente destruídos. Deixo com sentimento de tristeza porque foi uma conquista que levou muitos anos para alcançarmos” referiu.
Falando momentos após o patenteamento e empossamento do novo Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique, Joaquim Sive, Rafael reconheceu que não foi possível realizar tudo quanto se demandava durante os seus dois mandatos.
“Fizemos aquilo que conseguimos fazer, se calhar com alguns defeitos e erros” reconheceu, apelando à nova gestão para “fazer bem o que não conseguimos fazer e melhorar o que fizemos com defeitos”.
Ele referiu que o trabalho da polícia não tem metas, senão responder aos desafios que lhe são impostos ao longo dos tempos.
“A cada dia que passa aparece a criminalidade, até a de queimar armazéns… é a nova realidade. Então, o trabalho da polícia é um pouco isso” disse.
O cargo de Comandante-Geral da PRM é ocupado por um Inspector Geral da Polícia, A mais alta patente da polícia atribuída a uma única entidade de cada vez. Inspectores gerais não devem exercer, em simultâneo, suas funções. Assim, o inspector cessante passa, por inerência, à reserva.
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