O Banco Comercial e de Investimentos (BCI), controlado pela CGD e BPI, quase duplicou o resultado líquido de 2021 face ao ano anterior, para 5,2 mil milhões de meticais.
Segundo o relatório e contas consultado hoje pela Lusa, o ano de 2021 “fica marcado por, em circunstâncias difíceis, o BCI ter apresentado um crescimento muito significativo do seu resultado líquido (+95%) acompanhado de uma melhoria da solidez do seu balanço através de uma melhor qualidade dos ativos e a manutenção de uma estrutura de capitais sólida”.
“O crescimento dá-se após a quebra de 22% no exercício de 2020, atribuída, sobretudo, ao impacto da pandemia”, lê-se no documento.
Para tal, o banco justifica o resultado de 2021 com um incremento no produto bancário (+23,74%), sustentado no crescimento simultâneo da margem financeira (+23,48%) e da margem complementar (+24,37%), acompanhado por uma “estratégia de controlo adequado dos custos de exploração”.
No final de 2021, o banco tinha um rácio de solvabilidade de 23,12%, quase o dobro do mínimo regulamentar de 12%.
No documento, o BCI classifica o ambiente macroeconómico como “pouco favorável”, mas ainda assim “o nível de crédito à economia em todo o sistema financeiro nacional cresceu 2,66% e os depósitos totais cresceram 2,16%”.
O banco destaca ainda o facto de ter ultrapassado a barreira dos dois milhões de clientes, apresentando-se como “a maior instituição financeira a operar no mercado moçambicano, sendo igualmente líder no que respeita às quotas de crédito (26,26%), de depósitos (25,36%) e de activos (22,95%).
O BCI tem 210 unidades comerciais na rede física, 539 caixas automáticas (uma quota de mercado de 33%) e 14.883 máquinas POS (41% do mercado).