Analistas preveem uma subida do preço do barril do petróleo com possibilidades de atingir os 100 dólares, devido a alta demanda e baixa capacidade de produção e fornecimento, bem como o baixo investimento no sector.
Os preços do petróleo serão apoiados pela relutância de muitos governos em restabelecer as restrições rigorosas que prejudicaram a economia internacional quando a pandemia se instalou em 2020.
Os futuros de petróleo bruto Brent foram negociados acima dos 84 dólares na quarta-feira, atingindo máximos de dois meses.
“Assumindo que a China não sofre uma forte desaceleração, não vejo razão para que o petróleo bruto Brent não possa avançar para 100 dólares no primeiro trimestre, possivelmente mais cedo”, disse Jeffrey Halley, analista de mercado sénior da OANDA.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados (OPEP+) estão, gradualmente, a relaxar os reduções de produção implementadas quando a procura entrou em colapso em 2020.
“Não queremos ver 100 dólares por barril. O mundo não está preparado para isso”, disse Mohammed Al Rumhi, Ministro do Petróleo do Sultanato Omani.
Morgan Stanley prevê que o crude Brent atinja os 90 dólares por barril no terceiro trimestre deste ano.
Com a perspectiva de esgotamento das existências de crude e baixa capacidade disponível até ao segundo semestre de 2022, e investimentos limitados no sector do petróleo e gás, o mercado terá pouca margem de segurança, disse o banco.