O Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM) está a receber milhares de comunicações de operações financeiras suspeitas de estarem relacionadas com o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. Deste vasto conjunto, destaque vai para a violação dos chamados limiares, que são os limites legais de levantamentos, transferências e depósitos.
Só no ano passado, foram comunicadas 3 150 transacções suspeitas e este ano o número tende a aumentar, pese embora o GIFiM não nos tenha sido capaz de apontar o número exacto das comunicações registadas de Janeiro a esta parte.
De acordo com semanário “Domingo”, há um número crescente de cidadãos nacionais a realizarem depósitos de valores em paraísos fiscais, o que é confirmado ao GIFiM pelas autoridades financeiras dos países receptores do dinheiro, no quadro dos esforços internacionais para o controlo de movimentações financeiras suspeitas.
As comunicações feitas pelas instituições financeiras e não financeiras nacionais sobre as transacções suspeitas resultam da aplicação efectiva da Lei de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e de Financiamento ao Terrorismo que obriga a que estas entidades submetam a informação.