O Banco Mundial (BM) anunciou, na quarta-feira, a suspensão, na totalidade, do apoio ao Níger, na sequência do mais recente golpe de Estado, que derrubou o Presidente nigerino, Mohamed Bazoum.

A instituição afirma que tomou a decisão pelo facto de ter sido deposto um presidente democraticamente eleito. Com efeito, o apoio ao país africano está dependente de uma nova ordem, conforme um comunicado do banco, citado pela imprensa internacional.

No ano passo, o BM desembolsou um total de 1.500 milhões de dólares para vários programas de ajuda, e este ano o banco já entregou 730 milhões de dólares.

O Fundo Monetário Internacional, que tem, igualmente, vários programas de apoio ao Níger, ainda não tomo qualquer decisão sobre a sua manutenção ou não no país. No entanto, está já agendada para o final deste ano uma reunião de revisão dos seus principais programas no Níger.

O último programa de ajuda do FMI ao Níger, no valor de 131,5 milhões de dólares, assinado a 05 de julho, só deverá ter a sua primeira reunião de avaliação no final do ano.

“Estamos preocupados com os acontecimentos políticos no Níger e com as suas implicações para o país e para o seu povo”, frisou uma porta-voz do FMI.

Na semana passada, o golpe de Estado no Níger, liderado pelo general Abdourahamane Tiani, derrubou o presidente eleito Mohamed Bazoum.