O Banco Mundial reafirmou nesta terça-feira o seu comprometimento com Moçambique, manifestando a disponibilidade de trabalhar com o país. O compromisso foi reiterado em Paris, por Hafez Ghanem, vice-presidente do Banco Mundial para África Oriental e Austral, após uma audiência com o Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi.
Ghanem disse que o encontro foi uma oportunidade para passar em revista as relações com Moçambique. “Temos uma relação de muitos anos, um programa muito forte e reiterei ao Presidente o compromisso de o Banco Mundial continuar a estreitar a nossa parceria”.
Para Hafez Ghanem, a sua instituição gostaria de continuar a trabalhar em áreas de apoio e mesmo noutras onde poderia fazer ainda mais. “Há sempre um novo desafio.
Falamos (com o Presidente da República) de desafios sobre mais acesso (da população) à energia e mesmo a agenda digital. Discutimos isso e acho que conseguimos um óptimo entendimento”.
“De modo geral, acho que a relação entre Moçambique e o Banco Mundial é forte e sentimos que podemos continuar a fortalecer esse vínculo, com mais confiança”, disse o vice-presidente do Banco Mundial, admitindo que a sua instituição pode fazer mais não apenas por Moçambique, mas por África em geral.
O continente é hoje o destino de mais de 40% dos empréstimos globais do Banco Mundial.
Sobre a situação em Cabo Delgado, Hafez Ghanem disse que o terrorismo é um “desafio terrível” para qualquer país.
“Como disse ao Presidente, o Banco Mundial adoraria trabalhar com Moçambique para ver como podemos, na área de desenvolvimento, acompanhar o país neste difícil processo de busca da paz. Não vamos abandonar Moçambique”, garantiu Hafez Ghanem.
O Banco Mundial aprovou em Abril a elegibilidade de Moçambique para se beneficiar do seu instrumento de alocação para Prevenção e Resiliência (PRA), desbloqueando até 700 milhões de dólares em financiamento para prevenir a escalada do conflito e construir resiliência no país.
Paralelamente, a instituição financeira fez uma doação de 100 milhões dólares à Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), em apoio ao Projecto de Recuperação da Crise do Norte de Moçambique, que financia actividades de recuperação imediata, incluindo restauração de meios de subsistência e criação de oportunidades económicas, construção de coesão social e melhoria do acesso aos serviços básicos, bem como a reabilitação de infra-estruturas públicas seleccionadas destinadas a beneficiar as pessoas deslocadas devido às acções de grupos terroristas e as comunidades anfitriãs em áreas específicas do Norte do país.
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