O Banco de Moçambique (BM) terá “infiltrado” supervisores em bancos da praça financeira moçambicana onde os seus respectivos administradores são suspeitos de estarem envolvidos na lavagem de mais de 330 milhões de dólares.
O Banco Central pretende, com a nomeação de administradores, controlar operações suspeitas como as que permitiram a saída ilegal de mais de 21 mil milhões de meticais.
A informação consta da página da Justiça Nacional, que avança que o caso de branqueamento de capitais já levou à detenção de mais suspeitos, além do irmão de Nuro Gulam.
De acordo com a fonte, as somas de dinheiro foram enviadas para Portugal, onde alguns implicados no caso serviam de cambistas. O país serviu de saco azul para essas transacções, e o valor foi investido em imóveis.
“A PGR [Procuradoria-Geral da República] tem uma lista extensa fornecida pela Polícia Judiciária de Portugal (PJ) em que constam nomes de vários moçambicanos que compraram imóveis em Portugal”, lê-se. Outros imóveis foram adquiridos no Dubai.
Os implicados devem agora declarar a origem do dinheiro e justificar como ocorreu(ram) a(s) transferência(s). Na falta de argumentos plausíveis, os bens vão reverter à favor de Portugal para que Moçambique os possa recuperar, avança a fonte.
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