BAD avalia primeira fase do corredor Pemba-Lichinga

A Proposta de implementação da primeira fase do Programa de Desenvolvimento Integrado do Corredor Pemba-Lichinga, que pretende estabelecer as fundações para a criação de uma zona de processamento agro-industrial ligando as províncias de Cabo Delgado e Niassa, será apresentada até ao final do ano ao Conselho de Administração do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

O facto foi anunciado há dias em Maputo por Pietro Toigo, representante do BAD em Moçambique, durante a cerimónia de assinatura de um acordo para o Projecto de Fortalecimento da Capacidade Produtiva das PME do Sector do Agro-negócio, com a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).

De acordo com a fonte, a estratégia do BAD para Moçambique, aprovada em 2018 até 2022 visa alavancar investimentos em infra-estruturas rodoviárias feitas ao longo dos anos pelo Governo moçambicano, através de uma intervenção abrangente na capacidade produtiva e industrial do sector agrícola e a sua capacitação para criar emprego.

“Em especial, estamos a olhar para o aumento da competitividade deste sector, tão crucial para a transformação e diversificação do país, para que possam estar preparados e a se beneficiarem das oportunidades que serão criadas pela Área de Livre Comércio do Continente Africano”, disse.

O BAD já investiu cerca de 1,3 mil milhões de dólares ao longo dos três grandes corredores rodoviários de Nacala, Pemba e Lichinga, incluindo a estrada Mueda-Negomano; na linha férrea que liga o Porto de Nacala à província de Tete; na cadeia de valor de frangos na província do Niassa e norte da província da Zambézia, entre outros.

Contudo, Pietro Toigo, entende que, as infra-estruturas ferroviárias e rodoviárias sem produtos para comercializar, ou exploração de gás natural liquefeito virado unicamente para a exportação, não poderão trazer uma solução duradoura para os desafios críticos que as regiões do centro e norte do país enfrentam e nem o almejado desenvolvimento que se pretende atingir.

Explicou ainda que, é por isso, que o BAD tem direcionado as suas acções em adicionar camadas de desenvolvimento ao redor desses investimentos, particularmente ancorados no crescimento do sector privado local.

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