O Conselho de Administração do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vai alocar 7,88 milhões de dólares do Fundo de Energia Sustentável para a África (SEFA), destinado ao Programa Catalisador de Transição Energética da África (AETC, sigla em inglês), que visa aumentar a geração de energias renováveis em todo o continente.
O AETC consolida o apoio do Banco à aceleração da estratégia Transição Energética Justa (JET, sigla em inglês) para África, definida como uma transição de baixo carbono, inclusiva, que cria oportunidades de trabalho digno e não prejudica a ninguém, escreve o portal Profile citando o BAD.
O programa AETC propõe-se a atingir múltiplos objectivos, entre os quais a realização de um Estudo de Mercado Regional para facilitar a exportação de energia renovável de Botswana e Namíbia como parte da iniciativa 2-5 (Gigawatt) GW Mega Solar.
Segundo a fonte, além disso, o grupo visa avançar no desenvolvimento do interconector de transmissão regional ZiZaBoNa, cujo propósito de aumentar o comércio de energia entre o Zimbabwe, a Zâmbia, o Norte do Malawi e o Nordeste de Moçambique.
A primeira fase da iniciativa Mega Solar centra-se na aquisição competitiva de 300-500 megawatts de energia solar na Namíbia e Botswana. Uma vez construídas as linhas de transmissão regionais, catalisará a aquisição de geração adicional que possa fornecer energia renovável de baixo custo para os países vizinhos.
A iniciativa Mega Solar é um compromisso com a colaboração de desenvolvimento solar em larga escala entre a Power Africa, empresa fornecedora de energias renováveis e outras soluções de energia alternativa na África do Sul, os governos de Botswana e Namíbia.
Nesta cooperação está também o Banco Africano de Desenvolvimento, a Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA-NEPAD), o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento e a Corporação Financeira Internacional.
O AETC inclui a colaboração com a Comissão Africana de Energia para desenvolver um Quadro e Roteiro de Transição Energética continental.
O programa também desempenhará um papel fundamental no apoio à implementação da JET da Tunísia (2035), através do financiamento de estudos de viabilidade para um parque eólico offshore (250-500 MW) com armazenamento integrado de energia.
Deixe uma resposta