Avicultores nacionais recorrem aos ovos férteis da Europa para responder a procura

A indústria avícola nacional vê-se obrigada a importar ovos férteis de países como Portugal, Espanha e Turquia, quando habitualmente os adquiria na vizinha África do Sul, que, entretanto, reduziu a sua produção por causa da pandemia de covid-19.

Segundo avicultores nacionais, esta mudança tem como consequências imediatas, o encarecimento dos pintos e o seu desenvolvimento tardio, devido à diferença de temperaturas entre a origem e Moçambique

“Por isso, registamos escassez de ovos férteis porque o abastecimento para a região também reduziu significativamente. Houve dificuldades para obter os ovos férteis não só em Moçambique, mas noutros países da região”, disse Zeiss Lacerda, secretário executivo da Associação Moçambicana da Indústria Avícola (AMIA).

Prosseguindo, Lacerda considera que diante desta dificuldade, a calendarização da produção nacional foi afectada e a dado momento houve agravamento do preço dos pintos e, consequentemente do frango.

Entretanto, embora exista em Moçambique algumas incubadoras, estas não produzem o suficiente para abastecer o mercado. “Temos um centro de reprodução em Namaacha, na província de Maputo, outro em Chimoio, em Manica e há projecção de se erguer também na província de Nampula”, afirmou Lacerda.

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