As eleições autárquicas em Moçambique estão a ser alvo de duras críticas vindas de diferentes partidos de oposição e da sociedade civil, que denunciam uma fraude no escrutínio.
O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, esteve esta quarta-feira na Procuradoria-Geral da República (PGR) para “pressionar” o Ministério Público a investigar indícios criminais em ilícitos eleitorais denunciados pelo partido.
“Estamos aqui para ouvir da PGR como é que estão esses processos [relacionados às eleições] porque nós não podemos ir até ao encerramento de todo esse processo sem que haja uma reacção da CPGR”, disse à comunicação social Lutero Simango, líder do MDM, à porta da Procuradoria-Geral, em Maputo.
Segundo Simango, houve ilícitos denunciados pelo partido que configuram crimes, desde o recenseamento e até ao dia da votação para as eleições autárquicas de Outubro, cujos processos estão ainda em curso no Conselho Constitucional.
O presidente do MDM disse que foi à PGR “simplesmente para fazer pressão jurídica”, referindo que, além de uma batalha política, o partido está também numa batalha judicial.
As eleições autárquicas em Moçambique estão a ser alvo de duras críticas vindas de diferentes partidos de oposição e da sociedade civil, que denunciam uma fraude no escrutínio, com destaque para a falsificação de editais, com algumas decisões de tribunais distritais a reconhecerem irregularidades no processo.
A Renamo, principal partido da oposição, tem promovido marchas de contestação aos resultados das eleições de 11 de Outubro, juntando milhares de pessoas em diferentes pontos do país para exigir a “reposição da verdade eleitoral”.
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