Cresce a onda de consumo de drogas e também abusivo de álcool nas escolas sobretudo do nível básico e secundário no país. A preocupação foi manifestada pela Organização da Juventude Moçambicana, OJM, e também pela polícia que apela a sociedade a unir esforços no combate contra este fenómeno.

Nos últimos meses, tem-se assistido ao aumento substancial do consumo de droga em estabelecimentos da capital e das imediações, tendo sido noticiados na imprensa casos de consumo de estupefacientes e de álcool por alunos nomeadamente nas escolas secundárias da Polana e Josina Machel bem como na primária completa Unidade-2 na capital, ou ainda na escola Escola Secundária Nelson Mandela em Boane, na província de Maputo.

Este fenómeno não deixa indiferente a Organização da Juventude Moçambicana, OJM, segundo referiu recentemente o Secretário da Organização, Camilo Ibraimo ao dar conta da sua preocupação. “Há um plano que estamos a fazer com o comando da cidade e temos como objectivo fazermos palestras concretas nas escolas para contornarmos esta situação que não é abonatória para a nossa juventude pois mina o desenvolvimento da nação”, declarou o responsável citado pela RFI.

Mas o consumo de drogas também fez soar o alarme na cidade da Beira, de acordo com o comandante da polícia, Joaquim Sive.”Os alarmes que estamos a receber referem-se a algumas situações que têm ocorrido dentro da escola e nas suas redondezas, consumo, venda de droga. Os que fumam droga, alguns que passam droga estão aqui na escola”, disse o comandante, momentos após um encontro com estudantes de diferentes escolas da cidade da Beira.

Segundo o comandante provincial da Polícia de Sofala, o consumo de drogas em meio escolar está a ser alimentado por grupos já conhecidos, que na sua maioria vivem nas imediações dos estabelecimentos, Joaquim Sive garantindo que, perante esta situação, as autoridades vão criar uma equipa de vigilância permanente, composta pela polícia, nas próprias escolas da zona.

De referir que dados oficiais indicam que só este ano, cerca de 200 alunos em todo o país foram submetidos ao processo de desintoxicação devido ao consumo de drogas.