Um total de 49 variedades de sementes adulteradas ou de baixa qualidade foi detectado no país em 2020, contra 11 em 2016, de acordo com o Relatório Nacional da Semente em Moçambique.
A maioria dos casos verificou-se nas províncias de Maputo, Manica e Nampula. Os dados do estudo do Índice Africano de Acesso a Sementes (TASAI) foram apresentados, há dias, em Maputo, pela Associação para a Promoção do Sector de Sementes (APROSE).
De acordo com as autoridades citadas pelo jornal Notícias, a circulação de sementes de baixa qualidade e com fraca capacidade de produção do insumo tem comprometido a produção e produtividade agrícola. A título de exemplo, até ao ano passado tinham sido produzidas 11.900 toneladas de variedades de sementes.
Para ultrapassar o problema, o presidente da APROSE, Marcelino Botão, indicou que as autoridades têm trabalhado com a Autoridade Nacional de Semente para fortalecer e reforçar a capacidade de fiscalização do produto, desde a fabricação até à sua distribuição no mercado, como também a semente importada que entra no país de modo a melhorar a produtividade agrícola.
Botão indicou, igualmente, que a falta de informação real sobre a demanda pelo produto tem interferido na capacidade de as empresas proverem o produto em quantidade suficiente.
“Temos trabalhado com as empresas de sementes e o Estado com vista a planificar a produção dos insumos, de acordo com as necessidades da época seguinte, como também ajudamos as instituições com os programas alargados de inspecção de campo”, contou.
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