Os níveis de absentismo de médicos no Hospital Central da Beira (HCB) tende a crescer, e há suspeitas de que tenham aderido à greve anunciada pela Associação Médica de Moçambique (AMM).
O HCB tem 182 médicos e as taxas de ausência rondam em 15%. Na segunda-feira faltaram 15 médicos, na quarta-feira, 13 médicos e, no dia seguinte, 16 médicos.
Contudo, a situação mantém-se controlada, excepto os serviços de consultas externas que estão a registar alguma sobrecarga, disse o Director-geral do HCB, Nelson Mucopo, citado pelo matutino Notícias. Ele assegurou que os serviços de urgência, banco de socorros, cuidados intensivos e blocos operatórios estão a funcionar sem sobressaltos.
Perante a situação de faltas, a administração do HCB diz estar a proceder como de praxe, marcando faltas que, à partida, são injustificáveis. Mucopo disse que existe o risco de os médicos faltosos serem processados disciplinarmente.
“Estamos a falar de descontos nas faltas, na reforma consoante ao nmero de ausências, incluindo expulsão do aparelho do Estado”, indicou.
Ele entende que os médicos que se têm ausentado estão a sofrer coacção da AMM, ameaçando-os para faltarem. Ele calcula que alguns dos visados estão a trabalhar por receios de represálias, mas, em contrapartida, não assinam o livro de pontos.
Parece que a onda de absentismo só se está a verificar no HCB, já que, segundo a Directora provincial de Saúde de Sofala, Neusa Joel, não registou adesão à greve por parte de médicos alocados a distritos e outras unidades sanitárias. “Todos estão a trabalhar normalmente”, assegurou.
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