Associação Médica de Moçambique denuncia ameaças e intimidações a profissionais de saúde na cidade da Beira

Associação Médica de Moçambique denuncia ameaças e intimidações a profissionais  de saúde na cidade da Beira

A Associação Médica de Moçambique (AMM) afirma que os profissionais de saúde na província de Sofala estão a ser intimidados com ameaças de processos disciplinares.

Entre as ameaças estão a falta de mudança e progressão de carreiras, mas “estamos em Moçambique. Já sabíamos que tal poderia acontecer. No entanto, permanecemos firmes no nosso propósito que é de ver as nossas reivindicações tidas em conta por quem é de direito”.

O porta-voz da AMM avançou a informação após uma visita de monitoria junto da direcção da agremiação as unidades de saúde da província, em particular ao Hospital Central da Beira, para se inteirarem da situação da greve.

Apesar de a adesão à greve estar a recrudescer, Napoleão Viola clarificou que “não é isso que alegra a classe médica. O que nos ira alegrar é se um dia efectivamente conseguirmos alcançar o consenso junto do Governo para termos a situação resolvida”.

O porta-Voz da XXV sessão Conselho de Ministros, Filimão Suaze, explicou hoje em conferência de imprensa que os médicos grevistas podem incorrer a sanções disciplinares com destaque para a marcação de faltas e as consequência que daí advenham.

Ele disse ainda que se estiverem a ocorrer ameaças estas não são da alçada do Governo e que seus actores devem ser responsabilizados.

A AMM diz ainda que depois de cinco dias de greve ainda não manteve diálogo com o pessoal do Ministério da Saúde.

“Neste momento não há nenhuma comunicação formal no sentido de negociação entre as partes. Como tem sido hábito, o Ministério da Saúde não convocou em nenhum momento a Associação Médica para podermos sentar à mesa das negociações, que neste momento não estão a acontecer”, disse Napoleão Viola.

Os médicos dizem que esta falta de dialogo é preocupante, porém, olham para a situação com alguma naturalidade na medida em que na greve de Dezembro do ano passado o processo teve um curso igual.

“As tentativas do Governo sempre têm sido de tentar minimizar a adesão e o impacto da greve. Nós que vivemos nos hospitais sabemos muito bem qual é a falta que cada um de nós faz e que impactos têm estado a acontecer sobre os nossos pacientes”, disse.

Os médicos dizem que estão, pelo menos, a garantir os serviços mínimos. Falando esta segunda-feira no programa Cartas na Mesa da Rádio Moçambique, o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, explicou que a garantia dos serviços míninos pelos grevistas é uma obrigação constitucional e não opcional.

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