A Associação de Topógrafos e Administradores de Terra em Moçambique defende a idade de mapeamento das zonas propensas a ocorrência de recursos minerais como forma de combater a exploração ilegal de recursos sem o conhecimento das autoridades.
O presidente da agremiação, José Matola, considera crucial o envolvimento de topógrafos nos trabalhos já desenvolvidos pelo Governo no controlo da mineração ilegal, que pode ser uma mais-valia para o país.
O responsável destacou que a associação tenciona actuar igualmente no sector agrícola “onde podemos ajudar a identificar e a estruturar terras aráveis, contribuindo, deste modo, para uma melhor gestão e planificação das actividades agrícolas no país”.
Outro sector que a associação pretende atacar é o da tramitação do Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT), sobretudo para os camponeses e, para isso, tem encetado contactos com algumas organizações que trabalham na área rural com vista a se esboçar um programa de delimitação de terrenos pertencentes aos camponeses.
“O que sentimos é que a topografia é uma área sem forte expressão em Moçambique, mas ela é fundamental para o processo de desenvolvimento de qualquer país. Basta dizer que não é possível planificar a edificação de infra-estruturas sem o seu envolvimento; também não se pode desenvolver uma agricultura comercial sem o topografo”, exemplificou Matola.
Acrescentou que a sua organização está aberta a trabalhar com os governos provinciais, incluindo os municípios, para a capacitação dos quadros em matéria ligadas à topografia.
A Associação de Topógrafos e Administradores de Terra em Moçambique foi criada em Janeiro de 2021, e tem 50 topógrafos e tem parceiros na África do Sul e no Reino Unido. Actualmente está a ser realizado um trabalho que visa a sua expansão para outros pontos do país. Ainda este ano será instalado um gabinete na província de Nampula.
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