Apple assinou acordo de USD 275 bilhões com China para não prejudicar seu negócio

A última linha de iPhones da Apple sagrou-se a campeã de vendas na China, fazendo do mercado chinês o segundo maior para a marca da maçã – depois de seis anos –, logo depois do norte-americano.

Ao que parece, isso não aconteceu somente porque a Apple está a vender telemóveis e prontos! Afinal, não precisamos de fazer contas para imaginar, pelo menos, que telemóveis são coisas que não faltem na China.  De acordo com uma investigação existem um acordo de 275 bilhões (doze zeros) de dólares fora do domínio público entre a Apple e a China que visa a “livre circulação” dos produtos da empresa (precisamente App Store, Apple Pay ou iCloud) em território chinês.

O acordo de cinco anos entre as partes teria sido assinado anos atrás, em 2016, e a Apple comprometia-se a desenvolver a economia e as proezas tecnológicas da China por meio de investimentos, negócios e treinamento de trabalhadores.

A verdade é que a China não acreditava que a Apple estava a contribuir para o desenvolvimento da economia local. Em meio à repressão do Governo e à má publicidade que a acompanhou, as vendas do iPhone despencaram.

A Apple assumiu um investimento de “muitos mil milhões de dólares” na China e que ia ajudar a formar empresas chinesas de modo que estas criassem “as mais avançadas tecnologias”.

A China ameaçou reprovar o Apple Watch caso a Apple não aumentasse o tamanho de algumas ilhas inabitadas (que disputa com o Japão) no Apple Maps (as ilhas em questão são Ilhas Diaoyu ou Ilhas Senkaku).

Os últimos meses deram a Cook razões para sorrir, ou não tivesse a Apple registado um crescimento anual de 83% nas vendas no quarto trimestre — que asseguram a posição de líder – também por culpa dos problemas da Huawei neste segmento e mérito, claro, do iPhone 13.

Segundo a The Verge, estes dados vão de encontro à conclusão de um relatório da Counterpoint Research que sugere que a Apple superou a Xiaomi enquanto líder do mercado dos smartphones na China, além de já ter sido noticiado que a tecnológica construiu Unidades de I&D (instituições de investigação públicas ou privadas, sem fins lucrativos, que se dedicam à investigação científica e desenvolvimento tecnológico) na China e de Cook ter anunciado em 2016 um investimento de mil milhões de dólares na startup chinesa Didi Chuxing.

Tim Cook  já tinha comunicado num fórum, em Novembro, que a Apple tem a “responsabilidade” de vender os seus produtos onde for possível, e a China não é excepção.

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