A Europa continuou esta sexta-feira, 1 de Abril a receber gás proveniente da Rússia, apesar do decreto assinado na quinta-feira por Vladimir Putin, que obriga ao pagamento do gás russo em rublos, numa tentativa do presidente russo em retaliar contra as sanções impostas pelo Ocidente face à invasão da Ucrânia, informa a agência “Reuters”.
As sanções do Ocidente impostas durante a guerra deixaram a Rússia isolada de grande parte do comércio mundial, tendo sido abertas excepções para o petróleo e gás.
A ordem assinada por Vladimir Putin com prazo definido para esta sexta-feira para que os compradores de países “hostis” paguem o gás russo através rublos foi vista pela Alemanha, o maior comprador de gás russo, como uma “chantagem”.
Bruno le Maire, ministro das Finanças francês, mostrou também o seu apoio para com a Alemanha e assegurou que a França também vai rejeitar as exigências da Rússia.
No entanto, até ao momento, dois dos três principais oleodutos que levam gás russo para a Europa, como o Nord Stream 1 através do Mar Báltico e para a Eslováquia sobre a Ucrânia ainda estão em funcionamento.
“Se tais pagamentos não forem efetuados, consideraremos que se trata de um incumprimento por parte dos compradores, com todas as consequências daí resultantes. Ninguém nos vende nada de graça, e também não vamos fazer caridade – ou seja, os contratos existentes serão suspensos”, disse o presidente russo.