A primeira refinaria de ouro em Angola vai custar ao Governo local cerca de 4,8 milhões de dólares, e devera ter uma capacidade de produzir 25 quilogramas diários, disse, hoje, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

Diamantino Azevedo falava esta segunda-feira no acto de lançamento da primeira pedra para a construção da primeira refinaria de ouro em Angola, no Polo Industrial de Viana, tendo destacado que a construção da refinaria é importante para o sub-sector de metais preciosos, sendo o ouro o principal produto a ser transformado nas futuras instalações.

Desde 2019, Angola consta da lista de produtores e exportadores de ouro, com destaque para alguns projectos na província da Huíla, recordou o responsável.

Actualmente, em Angola existem 12 projectos com títulos de exploração, sendo que cinco destes já iniciaram a sua produção e exportação e há 40 projectos com títulos de prospecção.

“Com a entrada em funcionamento dos projectos de exploração tem-se registado um fluxo de produção cujas quantidades justificam a implantação de uma refinaria de ouro de pequeno a médio porte”, realçou.

O projecto da refinaria divide-se em três segmentos, nomeadamente refinação, laboratório e contrastaria, prevendo-se que o início de produção aconteça em Fevereiro de 2023.

A refinaria, prosseguiu o Ministro, vai trazer a possibilidade de transformar o metal bruto em solo nacional, cujo material refinado poderá ser usado internamente em vários sectores de economia, como é o caso da área de tecnologia, joalharia, mercado financeiro, entre outros, e/ou exportá-lo”.

“Por outro lado, com a implementação deste projecto, teremos criadas as reais condições para que o ouro produzido localmente tenha um padrão de excelência, seja aceite internacionalmente, podendo com este atingir o grau de pureza aceite nas diversas bolsas de valor, mercados e instituições financeiras”, destacou.