Um dia depois de o Presidente da República ter anunciado em Pemba, o assalto a uma importante base da insurgência, em Macomia, onde se encontrava Bonomade Machude Omar, comandante da guerrilha, que, entretanto, não foi capturado, analistas consideram que tal significa que a guerra em Cabo Delgado ainda está longe de terminar.
Filipe Nyusi disse que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e suas parceiras continuam a perseguir os insurgentes, realçando que “quando se diz que o inimigo está em debandada, é por causa dessa perseguição”.
Entretanto, o analista político Ismael Mussá diz que não é fácil criar um cordão de força para conter esta situação, realçando que ataques isolados vão continuar a ocorrer.
“O meu maior receio é, exactamente, o aproximar-se da província de Nampula; é preciso redobrar esforços principalmente no patrulhamento do rio Messalo, que nos leva ao rio Lúrio, em Nampula, e aí o problema torna-se muito mais grave”, defende aquele analista citado pela VOA.
Por seu turno, o também analista político Hilário Chacate afirma que o comandante da força militar da SADC, que combate o terrorismo em Cabo Delgado, Mpomo Molomo, durante uma palestra na Universidade Joaquim Chissano, reconheceu que ainda há muitos desafios nesta luta.
Para o jornalista Fernando Lima, os jihadistas optam agora por ataques em pequenos grupos, o que é mais de difícil de conter, apesar de existirem no país, forças internacionais que auxiliam Moçambique a combater o terrorismo.
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