Agricultores de Moma denunciam esquema público-privado na usurpação de terras para exploração mineira    

Agricultores de Moma denunciam esquema público-privado na usurpação de terras para exploração mineira    

Os agricultores de Moma, em Nampula, acusam o governo local de facilitar, através de processos duvidosos, a usurpação de campos de cultivos (machambas) por parte mineradora Haiyu (Mozambique) Mining, de capitais chineses.

A mineradora de zircão e ilmenite está a expandir seus campos de exploração, e conta com o apoio do governo local para aceder às terras.

A denúncia publica no portal Rigor revela que os proprietários das machambas são obrigados a receber 15 mil meticais. Quem recusa receber o valor é deixado de lado. Isto se está a passar nas comunidades de Nacalela, Mponha, Muripa, Natupi e Mpuitine, no distrito de Moma.

Quando os prejudicados tencionam saber das razões para receber valor irrisório, a resposta é de que “são ordens”.  Na verdade, as famílias deviam beneficiar de um plano de reassentamento, mas estão a receber dinheiro pela cedência de suas terras. Supostamente, isto é assim por opção dos abrangidos pelo projecto mineiro.

As populações acusam igualmente os secretários das comunidades de conivência com a situação dado o “desaparecimento”.

O Director do Serviço Distrital de Actividade Económica de Moma, Cantiflas Jerônimo, confirma que os agricultores estão a receber 15 mil meticais. Ele entende tratar-se de uma quantia justa pelo tamanho das terras, cerca de 30 metros quadrados. Disse, ao portal que citamos, que esse valor corresponde a meio hectare de terra, ou seja, a 5000 metros quadrados.

O MZNews procurou ouvir a versão da mineradora, mas os contactos obtidos não tiveram correspondência.

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