O projecto “Promove AGribiz” perspectiva assistir até 2024 em serviços de extensão rural mais de 280 mil pequenos produtores das províncias de Nampula e Zambézia, com vista a garantir o crescimento sustentável da produção agrícola, rumo à melhoria das suas condições de vida.
Segundo o jornal Notícias, actualmente, o projecto, que está a ser implementado nas duas províncias desde 2019, assiste, directamente, mais de 12.000 pequenos produtores e 18.000 em Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) com acesso a serviços financeiros formais.
Adicionalmente, cerca de 1200 pequenos agricultores e MPME já foram integrados em cadeias de abastecimento de empresas locais maiores.
Prevê-se que, até ao próximo ano, 11.000 pequenos agricultores e MPME sejam integrados através de diferentes parcerias.
Estes dados foram tornados públicos esta terça-feira, na cidade de Nampula, na reunião da apresentação de resultados dos primeiros dois anos de execução do projecto, que juntou representantes do governo, sector privado e parceiros de cooperação, sob lema “Por uma agricultura sustentável e orientada para o mercado”.
O coordenador do projecto por parte da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Dário Cipolla, disse que O “Promove Agribiz” visa contribuir para a melhoria da segurança alimentar e a resiliência de pequenos produtores, assim como para o aumento da competitividade rural, nas províncias de Nampula e da Zambézia, as mais populosas do país.
“Um outro aspecto muito importante deste projecto é que grande parte dos agricultores com que trabalhamos já estão preparados para se adaptarem às mudanças climáticas, com consciência de que devem ser mais resilientes na prática da agricultura sustentável”, anotou.
O programa é co-financiado com 69,9 milhões de euros pela União Europeia, Ministério Federal da Cooperação e do Desenvolvimento (BMZ), da Alemanha e FAO. A sua implementação está a cargo da (GIZ) GmbH, FAO, grupo de Avaliação de Impacto (DIME) do Banco Mundial e Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), em parceria com os ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER) e Indústria e Comércio (MIC), os governos provinciais e distritais de Nampula e Zambézia, sector privado e organizações não-governamentais.