Um cidadão de 21 anos de idade perdeu a memória suas capacidades de articulação (fala) e de locomoção em consequência de agressões de agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), afectos à 9.ª Esquadra de Mathlemele, na cidade da Matola, província de Maputo.
As previsões médicas indicam que o jovem só poderá recuperar a memória no prazo mínimo de três meses. Actualmente, não reconhece as pessoas e está dependente de apoio para realizar actividades básicas.
De acordo com Centro para Democracia de Desenvolvimento Humano (CDD), a vítima foi agredida naquela esquadra junto de seu primo. As vítimas teriam sido apontadas, durante uma diversão num mercado do bairro, por outros dois cidadãos como os presumíveis ladrões de telemóveis.
Eles seguiram para a unidade policial a fim de dirimir a suposição que não ficou comprovada pela polícia após uma revista.
A PRM manteve aquelas duas vítimas sob custódia, mesmo depois de não ter encontrado indícios de furto e os maltratou.
“De seguida, os agentes da PRM afectos à 9.ª Esquadra de Mathlemele torturaram gravemente os jovens com recurso à cassetete e a pontapés, agora alegando que os moços estavam embriagados”, lê-se, no documento que refere que o falsa suspeita e agressões ocorreram no dia 29 de Março passado.
O cidadão de 21 anos de idade perdeu a consciência imediatamente às agressões e o seu primo foi torturado até à manhã dia 30 de Março, quando libertaram os jovens.
“Os pais dos jovens torturados aproximaram-se da Esquadra onde ocorreram os factos para apurar o que havia acontecido. Todavia, não tiveram sucesso, pois os agentes que ali se encontravam se recusaram a dar informações sobre quem havia agredido os seus filhos, tendo apenas aberto um auto e os mandado para o hospital. Note-se que no hospital foram feitas análises à vítima, tendo os médicos declarado que o jovem de 21 anos havia perdido memória devido à agressão e que a possibilidade de a recuperar estava prevista para dali a 3 meses”, refere o documento.
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