África Subsariana oferece uma oportunidade de investimento de 193 mil milhões de dólares em energias renováveis e transmissão até 2031, revela um estudo citado pela Bloomberg.

Os projectos de energia eólica, solar, de armazenamento e de transmissão à escala da utilidade pública em vários países africanos podem produzir uma taxa interna de rentabilidade de 15% a 21%, significativamente acima do custo do capital e dos rendimentos das obrigações soberanas, segundo o estudo compilado pela Wood Mackenzie Ltd. A rendibilidade nos EUA e na Europa é de pouco mais de 5%.

“África representa um mercado significativamente mal servido. Os activos de energia renovável na região também tendem a estar em fases iniciais de desenvolvimento, oferecendo vantagens de crescimento”, refere o estudo.

Quase 600 milhões de pessoas na região, ou seja, cerca de metade da população, não têm acesso à eletricidade. Embora isso represente um problema dispendioso para os governos africanos resolverem, a falta de infra-estruturas eléctricas é também uma oportunidade para os novos projectos se orientarem para as energias renováveis.

Da oportunidade de investimento, as redes nacionais e as micro-redes requerem 66 mil milhões de dólares, segundo os investigadores. Eles esperam que 11.000 quilómetros de linhas de transmissão sejam implementados anualmente até 2031, em comparação com 6.355 quilómetros no ano passado.

Enquanto a África do Sul, a Nigéria e o Quénia oferecem os maiores mercados de energia solar, o Uganda oferece os melhores retornos para projectos de energia renovável, segundo o estudo. No entanto, os custos de capital são mais elevados do que na Europa e nos EUA.