O director das relações governamentais na consultora Hyve, que organiza a Africa Oil Week (AOW) no Dubai, disse que a conferência concorrente na África do Sul é ilegal devido às regras sobre ajuntamentos durante a pandemia.
“Não se podem realizar eventos com mais de 50 pessoas, o limite é 50 pessoas e para os funerais, mas mais do que isso não é possível juntar; os grandes eventos, hoje, não se podem realizar em toda a África do Sul”, disse Paul Sinclair, em entrevista à Lusa a propósito da conferência sobre o sector do petróleo e gás em África, que vai decorrer em novembro no Dubai.
“Hoje, é ilegal fazer um evento na África do Sul, e se é ilegal, eu, pessoalmente, ia sentir-me desconfortável em convidar alguém para um cenário que custa tempo e dinheiro e cuja realização é ilegal”, argumentou.
A conferência deste ano está envolta em polémica devido ao local do certame, que foi mudado da Cidade do Cabo para o Dubai devido à evolução da pandemia no continente e, em particular, na África do Sul, o que gerou muitas críticas por parte de vários governos africanos, ao ponto de ter sido lançado um outro encontro, com o título Africa Energy Week, que decorre nas mesmas datas.
Em entrevista à Lusa a partir de Londres, Paul Sinclair explicou que “num mundo ideal, a conversação sobre África pode acontecer no continente” e acrescentou que a organização está “empenhada em voltar à Cidade do Cabo sob o patrocínio do Ministério dos Recursos Naturais e Energia”.
No entanto, isso não é possível este ano devido à pandemia, argumentou.
“A nossa primeira escolha é África, mas a segurança de África, dos africanos, e da nossa rede tem de ser a nossa prioridade, porque estamos num tempo em que temos de nos respeitar e tomar conta uns dos outros e respeitar as leis do país”, apontou o consultor.