O dinheiro do “Global Gateway”, plano da UE para apoiar o investimento em infraestruturas nos países em desenvolvimento, visa responder à influência chinesa através das “novas estradas de seda”.
“Juntamente com a África do Sul, estamos empenhados no caminho da descarbonização”, disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, atualmente em Pretória para conversações, num comunicado da EU, citado pela agência Lusa.
A África é mais do que nunca um campo de batalha de influência, desde que a guerra na Ucrânia começou há quase um ano, e Pretória está a ser cortejada pela Rússia, pela China e pelo ocidente.
Os pagamentos das subvenções respondem às críticas recorrentes dos países em desenvolvimento, incluindo Pretória, de que a ajuda dos países ricos na luta contra o aquecimento global geralmente assume a forma de empréstimos e não de subvenções.
Parte do dinheiro irá para a conversão das centrais elétricas alimentadas a carvão da África do Sul. O país, um dos 12 maiores poluidores do mundo, produz cerca de 80% da sua eletricidade a partir do carvão.
As subvenções somam-se aos 8,5 mil milhões de dólares já prometidos em 2021 pela UE, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos da América.
A UE e a África do Sul discutiram hoje de manhã em Pretória uma iniciativa climática para a nação africana apoiada por 10 Estados-membros europeus, anunciou a chefe da diplomacia sul-africana.
Falando no 15.º Diálogo Político Ministerial África do Sul-União Europeia, a ministra das Relações Exteriores e Cooperação, Naledi Pandor considerou “relevante” a iniciativa “Just Energy Transition” para a “parceria estratégica” com a Europa.
“O apoio da UE nestas áreas pode ajudar a África do Sul a avançar na via do desenvolvimento sustentável”, afirmou a governante sul-africana.
Mais de 1.000 empresas europeias operam atualmente na África do Sul, onde existem várias câmaras empresariais europeias, segundo a representação da UE em Pretória. (Lusa)
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