África do Sul: Mais de 3.000 mineiros em risco de pobreza extrema

A nova reestruturação da mineradora Sibanye-Stillwater, na África do Sul, pode colocar mais de três mil mineiros na condição de pobreza extrema.

A mineradora anunciou a redução das suas operações e serviços de mineração de ouro, facto que poderá afectar 3.107 trabalhadores e 915 empreiteiros, refere o Notícias ao Minuto.

O porta-voz do sindicato dos metalúrgicos da África do Sul, Livhuwani Mammburu, disse que a medida da mineradora, uma da maiores do mundo na produção de ouro e minério, “vai mergulhar vários trabalhadores mineiros na pobreza extrema”.

A decisão surge na sequência da incapacidade de gestão da empresa, o que está a causar uma grave instabilidade no sector de produção de ouro.

A reestruturação proposta das operações e serviços poderá afetar potencialmente 3.107 funcionários e 915 empreiteiros, segundo uma nota da multinacional.

A medida visa colmatar perdas de produção registadas nas minas de ouro Beatrix 1 e Kloof 2, situadas nas províncias sul-africanas de Estado Livre e Gauteng, respetivamente, que empregam mais de 18 mil trabalhadores, justificou a mineradora.

“Na sequência da reestruturação anterior concluída durante 2023 e no primeiro trimestre de 2024, a análise empresarial em curso do Grupo identificou a necessidade de abordar as perdas no poço Beatrix 1, que não conseguiu atingir a produção planeada, e a fábrica Kloof 2 que, após o encerramento do poço Kloof 4 durante 2023 teve material de processamento insuficiente disponível para colmatar despesas gerais”, salientou.

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