​África Austral tem a menor perspectiva de crescimento económico entre as regiões africanas

A zona Austral de África vai registar o menor​ crescimento económico entre as regiões do continente entre 2024 e 2025, de acordo com as mais recentes projecções do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Os dados a que o MZNews teve acesso, indicam que o avanço económico da África Austral vai se fixar em 2,2 e 2,6% em 2024 e 2025, respectivamente. Esta situação reflecte a contínua fraqueza económica na África do Sul, a maior economia da região.

No continente, a região Oriental continuará a liderar a dinâmica de crescimento, prevendo-se que o crescimento aumente para 5,1% em 2024 e 5,7% em 2025, apoiado por fortes investimentos estratégicos para melhorar a conectividade interna e aprofundar o comércio intra-regional.

Em seguida, está a África Ocidental, onde se prevê um crescimento para 4% e 4,4% em 2024 e 2025, respectivamente. Prevê-se que o forte crescimento na maioria dos países da região compense os abrandamentos na Nigéria e no Gana. A anunciada retirada do Burkina Faso, Mali e Níger da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) lança uma sombra sobre a sustentabilidade dos ganhos num contexto de crescente incerteza, refere o BAD.

As sucessivas condições meteorológicas adversas e os desafios macroeconómicos manterão o crescimento do Norte de África estável em 3,9% em 2024, com uma ligeira melhoria para 4,1% em 2025.

Por fim, prevê-se que na África Central o crescimento seja moderado para 3,5% em 2024, mas a recuperação prevista do consumo privado e os aumentos do investimento no sector mineiro e das exportações poderão ajudar a impulsionar o crescimento para 4,1% em 2025.

O​​s dados estão patentes no recente relatório sobre o Desempenho Macroeconómico e Perspectivas (MEO) do continente, divulgado semana passada pelo BAD.

O documento recomenda que os países invistam mais em capital humano e prossigam uma estratégia de industrialização e diversificação baseada nos recursos naturais, que permita ao continente explorar as suas vantagens comparativas e reforçar a sua capacidade de resistência aos choques.

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