“Não existem ainda evidências para provar que a nova variante de covid-19, identificada na África do Sul, seja mais infeciosa ou resistente às vacinas”. Esta é a posição defendida pelo virologista português, Paulo Paixão sobre a nova variante de covid-19 B11.529, detectada na África do Sul e Botsuana que até agora apresenta um “elevado número de mutações”.
Segundo o especialista que falava à “SIC Notícias”, qualquer nova variante está normalmente ligada a duas coisas – por um lado, o aumento da infecciosidade e por outro, a resistência à vacinação e como tem muitas mutações ali, levantam esse alarme.
“Até ao momento na verdade, não há qualquer prova de que seja mais infeciosa ou de que seja mais resistente à vacina. E se uma variante não se transmitir com mais facilidade do que, por exemplo, a Delta, não vai conseguir impor-se e vai desaparecer”, considera Paulo Paixão.
Para o virologista, o ideal é observância das medidas básicas para prevenir a covid-19. “Um vírus mais transmissível não significa que vai atravessar melhor a máscara, significa é que se eu não tiver a máscara, mais facilmente infecto a pessoa que está à minha frente”, sublinha.