A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) apelou, nesta quinta-feira (26), a uma reflexão do que se quer do país face à nova onda de protestos caracterizada por vandalização de infra-estruturas públicas e privadas.

Numa nota divulgada ontem, a OAM refere que é tempo de se parar e pensar o que se quer deste país.

“Temos de acreditar na grandeza da nossa nação e do seu povo para ultrapassarmos o momento actual. Temos de abandonar a presunção de um destino inglório, no espírito e na esperança. Devemos apostar activamente num processo de renovação dos nossos valores, crenças e objectivos coletivos e individuais que nos conduzam à justiça social, mas sobretudo, ao bem-estar de todos”, lê-se no documento.

A OAM alerta ainda para a institucionalização da anarquia no país, do medo colectivo e de pequenos poderes privados radicalizados, criticando igualmente a actuação das Forças de Defesa e Segurança face à destruição de bens públicos e privados durante protestos.

“A fuga de prisioneiros da Cadeia Central de Maputo, a recuperação de alguns e a chacina que se seguiu de alguns desses prisioneiros capturados, injustificada tendo em conta que já se encontravam nas mãos e sob o domínio das autoridades, numa actuação propositadamente criminosa, revelam nessa injustificada forma de actuar, repugnante, uma sociedade doente, em que as lideranças perderam totalmente a autoridade”, acrescentou a Ordem.

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